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segunda-feira, 25 de abril de 2016

Insight 25 de abril


Quando você começa a rotular um insight ele te abandona, mas a sensação que ele deixa não.
E a sensação que este último insight me deixou foi a de reencontro, como se eu tivesse reencontrado algo que perdi dentro de mim, ou pelo menos um fragmento dele, digo fragmento por não saber o que pode vim pela frente e porque a gente se encontra com cada coisa nessa vida, é inútil achar que existe um limite pra isso. 
Algo em mim nesse exato momento quer rotular o que anda acontecendo na minha alma, no meu ser, na minha essência nos últimos anos como se fosse algo que pudesse ser diminuído a uma simples palavra.
Estou me perguntando "quando foi que comecei a me sentir perdida de mim mesma, para está no ponto de achar que estou me encontrando de novo? como isso começou e por que? que motivos eu tive para me esquecer em um canto qualquer?" vagas lembranças de momentos de solidão dos últimos anos se apresentam como respostas, não faço tanta questão, mas quero me entender mais a fundo e por isso preciso vasculhar minhas lembranças com profundidade.
A ansiedade quer me atropelar, me auto-sabotar, medito e me controlo para essa maldita não me vencer, não vou perder para mim mesma. 
Hoje é um dia estranho, estou escutando uma banda que não escutava à meses, hoje saiu uma notícia que portishead voltaria aos estúdios depois de 6 anos longe e me deu saudade de escuta-los, estou preenchendo minha alma e gozando com suas melodias.
Estava relendo uns textos que costumava ler 5 anos atrás que foi o que me ajudou com o insight de hoje que veio como uma luva "você se lembra de que era assim? você é assim, porque mudou tanto? porque se esqueceu assim? você quer mesmo deixar pra lá? essa é sua chance, pegue sua essência e a recupere agora". Outro pensamento confunde minha cabeça, ele diz "já pensou que nada disso é real e pode ser apenas mais uma loucura sua?" começo a rir pensando na possibilidade, mas minha intuição fala algo como "pegue disso o melhor e o monte em seu ser, descarte apenas o pior", como é bom ser um ser mutável para evolução do meu próprio ser.

Karen Caroline

terça-feira, 19 de abril de 2016

Descanso

"Construa pontes ao invés de muros."


Quebrei os muros ao redor do meu castelo medieval, fiz minhas pontes, o tráfego de pessoas tem aumentando com o tempo, meu eu interior mais conhecido como meu castelo está ficando frágil, vulnerável e cansado.

"Saiam todos, vamos fechar o castelo para visitações por um tempo."

Um tempo que pode durar dias, meses, mas nunca anos, tem muitas coisas bonitas aqui dentro que precisam ser compartilhadas com quem sabe apreciar a beleza da arte e tranca-las por anos é desperdício, este castelo não estará aqui para sempre e para aonde as artes vão depois que o castelo desaparece ninguém nunca sabe. Apenas um tempo que seja o suficiente para que eu possa organizar as novas artes que chegam e eliminar o lixo que vem junto, um tempo para que o espírito mutável do castelo possa ouvir a melodia do silêncio e refletir sobre a solidão na escuridão.

domingo, 28 de fevereiro de 2016

Conselho aos Sensíveis

         
Quem você pensa que é para achar que o seu sofrimento é o mais especial, e que merece mais atenção?
Quem você pensa que é para achar que o mundo inteiro deveria parar por causa da sua dor?
O mundo é cruel e você tem que aprender a conviver com isso, milhares de pessoas também estão sofrendo, mas o mundo não vai parar para esperar ninguém se sentir bem, o mundo não vai esperar você colocar um sorriso no rosto. A grande maioria das pessoas não se importam, elas não ligam para a sua maldita dor, é duro dizer isso, mas é a verdade.
No mundo de hoje as pessoas que ainda se importam estão sendo dadas como idiotas, trouxas, otarias, sonhadoras, idealistas, afinal o mundo é dos espertos, ou como eu gosto de dizer dos que se acham espertos, talvez eles sejam mesmo e nós só estejamos pagando de bobos por nos importar tanto, ou não, quem é que vai saber?
A lógica da vida:
você se importa > você demonstra que se importa > você quebra a cara.
Quando você quebra a cara, ouve coisas como "você deveria saber que não pode se importar tanto assim com os outros, a culpa é sua", não discordo disso mas como saber quem são as outras pessoas além da gente mesmo com quem deveríamos nos importar? Muitas pessoas respondem essa pergunta com "você tem que saber quem merece ou não", mas vou citar um exemplo:
Você conhece alguém, vocês se tornam amigos, você confia, você não tem motivos para desconfiar, essa pessoa te apunhala pelas costas.
A culpa é de quem? De você por se importar, só porque o "certo" é que não se pode confiar em ninguém? Não, a culpa não é sua, é do outro por não saber valorizar alguém que se importa. Você não tem que se tornar uma pessoa amargurada na vida por causa dos outros.
Escrevo essas palavras não para dizer os outros o que fazer ou para julgar alguém, a escolha é de cada um, escrevo para me aconselhar, para me ajudar a manter o equilíbrio, escrevo para quem assim como eu também precisa de conselhos quando se sente perdido.
Chegar ao equilíbrio é fácil, difícil é se manter equilibrado quando você desce na merda do seu inferno e tem que enfrentar os seus demônios. Admiro quem consegue se manter equilibrado em todas as situações da vida, principalmente nas merdas, mas peço humildemente para que não exijam de mim o mesmo, principalmente quando eu não me sentir capaz. Ninguém exige de mim mais do que eu mesma. Ninguém.

Karen Caroline

quinta-feira, 26 de março de 2015

Não to falando da crise dos 20!



Por mais que todas as forças existentes nesse mundo, me digam que nós nascemos, crescemos, casamos, reproduzimos e morremos, como os animais que somos, eu sei que existe algo além disso. Me pergunto seriamente todos os dias antes de dormir e quando acordo "É realmente essa vida que eu quero levar? É isso mesmo que quero para mim? Crescer, trabalhar, estudar, casar, ter filhos e morrer? Será que não basta só crescer, trabalhar, morar sozinha, ter uns 2 gatos, alguns incensos acesos o dia inteiro e uma jarra de café todo fim de noite?"
Há alguma coisa no universo que me inspira a questionar quais são os meus reais desejos e vontades. Será que é necessário mesmo termos que seguir está ordem? Digo, viver para casar, trabalhar, estudar, ter filhos e morrer?
Nós crescemos e descobrimos que não é assim que a banda toca, que o rock não é tão trash, e que o que a gente escolhe e sente é o que importa. Durante essas duas décadas de vida, escolhi muita coisa, inclusive coisas que eu não precisava passar, mas me arrependo bem pouco delas, até porque acredito que o que escolhemos em qualquer época da vida, é o que precisamos, se lamentar e se arrepender por coisas que você escolheu só porque não deu o resultado que você esperava é uma bela de uma perda de tempo.
É engraçado chegar aos 20, algumas pessoas percebem que passaram por muitas coisas nessa vida, que viveu como tinha que viver apesar de ainda ter muito pela frente, outras não viveram nada do que queriam, mas sabem que ainda tem tempo. Você começa a se questionar sobre o que realmente é importante, como aquelas reflexões que os mais idosos costumam ter na calçada de casa no fim da tarde, enquanto se embalam em uma cadeira de balanço.
Tenho 50 ou tenho 20? Ah, eu tenho 49!
A gente passa tanto tempo acumulando experiências e esquecendo de dividi-la com o outro. Sentar com alguém bem mais velho e compartilhar informações é uma maneira de como observar a diferença das gerações, é interessante descobri coisas que eles levaram a vida toda para descobrir que você descobriu aos 20, ou aprender coisas que você só entenderá aos 70.
Olhar para as pessoas e descobrir cada pedacinho que elas querem compartilhar da história dela com você é uma experiência única.
A vida é cheia de escolhas, mas a gente se torna escravo daquilo que nos aprisiona, uma escolha pode nos controlar por anos e mesmo assim acharmos absolutamente normal pelo costume de conviver com aquilo por tanto tempo, as vezes nos esquecemos que a vida é tão curta, é inútil se conformar com qualquer situação que não nos faça feliz. Lembrando sempre que os corajosos de hoje, foram os covardes de ontem.


As novidades que a vida trás, assusta muito neguinho acostumado com o sistema social que nós inventamos para organizar a vida para não sofrermos, embora ainda se possa criar muitos métodos para fugir de qualquer tipo de sofrimento, ele ainda é inevitável, sempre vai ser inevitável. O sofrimento vem para todos independente da classe social, da raça, e do sexo, todos em algum momento da vida vamos sofrer mais de uma vez por alguma coisa. Criamos cadeias de proteção em nossa mente, buscamos válvulas de escape da sensação de vazio, a gente foge da realidade como pode, mas não adianta ela bate duro como uma parede de concreto.
Algumas coisas na vida não foram feitas para serem entendidas, acho ótimo que seja assim.

Karen Caroline