domingo, 31 de julho de 2016

31 de julho de 2016

Antes de iniciar a sua leitura leitor, quero te deixar claro que não estou aqui com o propósito de julgar ninguém, são apenas pensamentos de análises diárias que faço.

A guerra na Síria continua e ninguém nos noticiários e na internet está dando tanta atenção a isso, hoje mais um hospital sofreu um bomboardeio, ao mesmo tempo em que um alto oficial da Organização das Nações Unidas (ONU) se encontrava com o ministro de Relações Exteriores sírio na capital, Damasco, para pedir a retomada de conversas de paz entre governo e opositores, isso ocasionou com a morte de 6 pessoas. Semanas atrás cerca de 50 crianças foram mortas devido a uma bomba que foi jogada pelos EUA por engano. Conseguem entender o absurdo que é tudo isso? Acredito que sim.

Fico com uma sensação no peito de que gostaria de poder fazer alguma coisa para ajudar a dar um fim nisso tudo, mas não encontro nada além de expressar minha dor e indignação sobre o assunto para que chegue a conhecimento de mais pessoas. Se você pudesse fazer algo em relação a essas guerras que vem ocorrendo pelo mundo, você faria?

Parei de assistir televisão a uns meses, mas acompanho bastante coisa pela internet, não tem como fugir, até porque particularmente eu não consigo me trancar em uma bolha e ficar confortável sem me sentir mal com as coisas que vem ocorrendo pelo mundo. Acredito que você tem que ser emocionalmente muito frio e egocêntrico para não dar a mínima para tudo isso, nada contra, vou do pensamento de que cada um faz o que quiser com a sua vida, então longe de mim julgar alguém por isso, só não gostaria de ser.

Hoje fui fazer a prova do concurso da Polícia Militar do Pará, mesmo não sendo algo com o qual eu me identifique, a nossa situação no Brasil nos obriga a fazer escolhas assim para se ter uma estabilidade financeira e conseguir realizar os nossos sonhos pessoais. Então ao abrir o caderno de provas me deparei com um texto que me deixou bastante pensativa, se chama o Cardápio de Medos de Cristovam Buarque, nele Cristovam fala de que todas as dificuldades que os adultos de hoje estão deixando para os jovens brasileiros, nenhuma é mais imperdoável do que o medo, ele cita vários como o medo de não poder andar na rua bem vestido sem temer ser roubado, o medo que nós jovens enfrentamos ao pensar se estaremos aptos para o mercado de trabalho com tantas inovações tecnológicas ocorrendo a todo momento, entre outros, irei deixar o link para quem quiser conferir no fim desse texto.

Quando tiro um tempo diário para pensar em nas situações atuais da nossa realidade atual em um sentido geral me bate um desânimo, um cansaço do descaso da grande maioria das pessoas sobre tudo, entendo que é como se boa parte não se interessasse em elevar a própria consciência que seria um bem geral, porque não é confortável.

Agradeço a psicologia por está cada vez mais acessível com bons artigos espalhados pela internet ajudando a mim e a outrem, mesmo que indiretamente a nos tornarmos seres humanos melhores com o próximo e com nós mesmos, também agradeço a aqueles artigos que nos fazem compreender psicologicamente e emocionalmente mais detalhadamente como é a dor das pessoas que estão sofrendo as consequências de tudo que vem ocorrendo no mundo de uma forma mais direta, nos faz abrir o coração para nos solidariezarmos mais, apesar de que só pelo fato de ler as notícias ja sintamos isso.

Caro leitor, tenho umas perguntas breves para te fazer: O que você vem fazendo para se tornar cada dia mais um ser mais consciente? E você que não vem fazendo nada, porque não faz? O que te impede? Me ajude a te entender.

De todo o meu coração quero lhes pedir para não perderem o ritmo de seus corações rumo a uma nova consciência mais amorosa e libertadora. O mundo e as pessoas nele, estão precisando disso. Obrigada!


Karen Caroline

"Cardápio de Medos" http://noblat.oglobo.globo.com/artigos/noticia/2016/03/cardapio-de-medos.html

segunda-feira, 25 de abril de 2016

Insight 25 de abril


Quando você começa a rotular um insight ele te abandona, mas a sensação que ele deixa não.
E a sensação que este último insight me deixou foi a de reencontro, como se eu tivesse reencontrado algo que perdi dentro de mim, ou pelo menos um fragmento dele, digo fragmento por não saber o que pode vim pela frente e porque a gente se encontra com cada coisa nessa vida, é inútil achar que existe um limite pra isso. 
Algo em mim nesse exato momento quer rotular o que anda acontecendo na minha alma, no meu ser, na minha essência nos últimos anos como se fosse algo que pudesse ser diminuído a uma simples palavra.
Estou me perguntando "quando foi que comecei a me sentir perdida de mim mesma, para está no ponto de achar que estou me encontrando de novo? como isso começou e por que? que motivos eu tive para me esquecer em um canto qualquer?" vagas lembranças de momentos de solidão dos últimos anos se apresentam como respostas, não faço tanta questão, mas quero me entender mais a fundo e por isso preciso vasculhar minhas lembranças com profundidade.
A ansiedade quer me atropelar, me auto-sabotar, medito e me controlo para essa maldita não me vencer, não vou perder para mim mesma. 
Hoje é um dia estranho, estou escutando uma banda que não escutava à meses, hoje saiu uma notícia que portishead voltaria aos estúdios depois de 6 anos longe e me deu saudade de escuta-los, estou preenchendo minha alma e gozando com suas melodias.
Estava relendo uns textos que costumava ler 5 anos atrás que foi o que me ajudou com o insight de hoje que veio como uma luva "você se lembra de que era assim? você é assim, porque mudou tanto? porque se esqueceu assim? você quer mesmo deixar pra lá? essa é sua chance, pegue sua essência e a recupere agora". Outro pensamento confunde minha cabeça, ele diz "já pensou que nada disso é real e pode ser apenas mais uma loucura sua?" começo a rir pensando na possibilidade, mas minha intuição fala algo como "pegue disso o melhor e o monte em seu ser, descarte apenas o pior", como é bom ser um ser mutável para evolução do meu próprio ser.

Karen Caroline

terça-feira, 19 de abril de 2016

Descanso

"Construa pontes ao invés de muros."


Quebrei os muros ao redor do meu castelo medieval, fiz minhas pontes, o tráfego de pessoas tem aumentando com o tempo, meu eu interior mais conhecido como meu castelo está ficando frágil, vulnerável e cansado.

"Saiam todos, vamos fechar o castelo para visitações por um tempo."

Um tempo que pode durar dias, meses, mas nunca anos, tem muitas coisas bonitas aqui dentro que precisam ser compartilhadas com quem sabe apreciar a beleza da arte e tranca-las por anos é desperdício, este castelo não estará aqui para sempre e para aonde as artes vão depois que o castelo desaparece ninguém nunca sabe. Apenas um tempo que seja o suficiente para que eu possa organizar as novas artes que chegam e eliminar o lixo que vem junto, um tempo para que o espírito mutável do castelo possa ouvir a melodia do silêncio e refletir sobre a solidão na escuridão.

domingo, 28 de fevereiro de 2016

Conselho aos Sensíveis

         
Quem você pensa que é para achar que o seu sofrimento é o mais especial, e que merece mais atenção?
Quem você pensa que é para achar que o mundo inteiro deveria parar por causa da sua dor?
O mundo é cruel e você tem que aprender a conviver com isso, milhares de pessoas também estão sofrendo, mas o mundo não vai parar para esperar ninguém se sentir bem, o mundo não vai esperar você colocar um sorriso no rosto. A grande maioria das pessoas não se importam, elas não ligam para a sua maldita dor, é duro dizer isso, mas é a verdade.
No mundo de hoje as pessoas que ainda se importam estão sendo dadas como idiotas, trouxas, otarias, sonhadoras, idealistas, afinal o mundo é dos espertos, ou como eu gosto de dizer dos que se acham espertos, talvez eles sejam mesmo e nós só estejamos pagando de bobos por nos importar tanto, ou não, quem é que vai saber?
A lógica da vida:
você se importa > você demonstra que se importa > você quebra a cara.
Quando você quebra a cara, ouve coisas como "você deveria saber que não pode se importar tanto assim com os outros, a culpa é sua", não discordo disso mas como saber quem são as outras pessoas além da gente mesmo com quem deveríamos nos importar? Muitas pessoas respondem essa pergunta com "você tem que saber quem merece ou não", mas vou citar um exemplo:
Você conhece alguém, vocês se tornam amigos, você confia, você não tem motivos para desconfiar, essa pessoa te apunhala pelas costas.
A culpa é de quem? De você por se importar, só porque o "certo" é que não se pode confiar em ninguém? Não, a culpa não é sua, é do outro por não saber valorizar alguém que se importa. Você não tem que se tornar uma pessoa amargurada na vida por causa dos outros.
Escrevo essas palavras não para dizer os outros o que fazer ou para julgar alguém, a escolha é de cada um, escrevo para me aconselhar, para me ajudar a manter o equilíbrio, escrevo para quem assim como eu também precisa de conselhos quando se sente perdido.
Chegar ao equilíbrio é fácil, difícil é se manter equilibrado quando você desce na merda do seu inferno e tem que enfrentar os seus demônios. Admiro quem consegue se manter equilibrado em todas as situações da vida, principalmente nas merdas, mas peço humildemente para que não exijam de mim o mesmo, principalmente quando eu não me sentir capaz. Ninguém exige de mim mais do que eu mesma. Ninguém.

Karen Caroline