quinta-feira, 26 de março de 2015

Não to falando da crise dos 20!



Por mais que todas as forças existentes nesse mundo, me digam que nós nascemos, crescemos, casamos, reproduzimos e morremos, como os animais que somos, eu sei que existe algo além disso. Me pergunto seriamente todos os dias antes de dormir e quando acordo "É realmente essa vida que eu quero levar? É isso mesmo que quero para mim? Crescer, trabalhar, estudar, casar, ter filhos e morrer? Será que não basta só crescer, trabalhar, morar sozinha, ter uns 2 gatos, alguns incensos acesos o dia inteiro e uma jarra de café todo fim de noite?"
Há alguma coisa no universo que me inspira a questionar quais são os meus reais desejos e vontades. Será que é necessário mesmo termos que seguir está ordem? Digo, viver para casar, trabalhar, estudar, ter filhos e morrer?
Nós crescemos e descobrimos que não é assim que a banda toca, que o rock não é tão trash, e que o que a gente escolhe e sente é o que importa. Durante essas duas décadas de vida, escolhi muita coisa, inclusive coisas que eu não precisava passar, mas me arrependo bem pouco delas, até porque acredito que o que escolhemos em qualquer época da vida, é o que precisamos, se lamentar e se arrepender por coisas que você escolheu só porque não deu o resultado que você esperava é uma bela de uma perda de tempo.
É engraçado chegar aos 20, algumas pessoas percebem que passaram por muitas coisas nessa vida, que viveu como tinha que viver apesar de ainda ter muito pela frente, outras não viveram nada do que queriam, mas sabem que ainda tem tempo. Você começa a se questionar sobre o que realmente é importante, como aquelas reflexões que os mais idosos costumam ter na calçada de casa no fim da tarde, enquanto se embalam em uma cadeira de balanço.
Tenho 50 ou tenho 20? Ah, eu tenho 49!
A gente passa tanto tempo acumulando experiências e esquecendo de dividi-la com o outro. Sentar com alguém bem mais velho e compartilhar informações é uma maneira de como observar a diferença das gerações, é interessante descobri coisas que eles levaram a vida toda para descobrir que você descobriu aos 20, ou aprender coisas que você só entenderá aos 70.
Olhar para as pessoas e descobrir cada pedacinho que elas querem compartilhar da história dela com você é uma experiência única.
A vida é cheia de escolhas, mas a gente se torna escravo daquilo que nos aprisiona, uma escolha pode nos controlar por anos e mesmo assim acharmos absolutamente normal pelo costume de conviver com aquilo por tanto tempo, as vezes nos esquecemos que a vida é tão curta, é inútil se conformar com qualquer situação que não nos faça feliz. Lembrando sempre que os corajosos de hoje, foram os covardes de ontem.


As novidades que a vida trás, assusta muito neguinho acostumado com o sistema social que nós inventamos para organizar a vida para não sofrermos, embora ainda se possa criar muitos métodos para fugir de qualquer tipo de sofrimento, ele ainda é inevitável, sempre vai ser inevitável. O sofrimento vem para todos independente da classe social, da raça, e do sexo, todos em algum momento da vida vamos sofrer mais de uma vez por alguma coisa. Criamos cadeias de proteção em nossa mente, buscamos válvulas de escape da sensação de vazio, a gente foge da realidade como pode, mas não adianta ela bate duro como uma parede de concreto.
Algumas coisas na vida não foram feitas para serem entendidas, acho ótimo que seja assim.

Karen Caroline

terça-feira, 3 de março de 2015

Ancorei meu navio no teu porto!



"Querida, estou indo embora!" disse enquanto há abraçava sem saber se poderia vê-la de novo."
"Volte meu amor!" disse em lágrimas enquanto o via partir no horizonte."
"Durante essa viagem "Disfarça e chora" é minha trilha sonora, nunca que eu quis deixar aquela bela mulher desolada sem saber se eu voltaria."
"Entrei numa roubada, me apaixonei por um homem que sei que o destino é incerto. O coração da gente nos mete em cada situação, esse danado não se cansa."
"Nenhuma das mulheres que conheço em cada porto é capaz de aquecer meu coração da maneira que a minha donzela consegue. Tantas mulheres com corações partidos, que buscam amor em meu colo, é uma lástima não poder ajudar, já tenho um coraçãozinho que se levanta cedo todos os dias pra me abençoar com uma prece."
"O dono da melhor loja da cidade me sorrir com segundas intenções, fujo meu olhar, não tenho interesse em retribuir.
 "Uma bela moça igual a você, deveria está bem acompanhada. E se não tiver problemas, eu me ofereço, com gosto." E de novo eu o ignoro. "
"Na mesa de um bar, mas uma briga eu arranjei, tudo por causa de uma puta que eu não quis beijar."
"Nessa noite escura, sem luar e sem estrelas penso no meu amado. Será que volta? Me sinto insegura, penso se outra moça mais formosa possa tê-lo conquistado."
"Acordei no outro dia com gosto de sangue na boca, jogado em um beco sem nenhum centavo no bolso. Estava perdido, não lembrava de nada, fui em direção ao porto procurar o meu navio."
"Fui ao porto esperar por meu amado, a tarde caia, o anoitecer se aproximava e o meu amor não vinha."
"Meu navio havia sido tomado, e meus tripulantes mortos, senti uma pontada tornar meu corpo febril e gélido..."
"Dias e meses se passavam e meu amor não voltava, um pressentimento ruim se passava em meu coração."
Todos os dias Clara ia para o porto esperar por seu amado que por maldade do destino talvez nunca mais voltasse. Uns diziam que ela enlouqueceu, outros contavam histórias de que teria se envolvido com bruxaria, outros que  havia vendido a alma e por isso sua penitência. Mas ninguém nunca soube que a aquela pobre mulher apenas esperava por um amor que não voltaria  que aquela mulher apenas não aceitava um fim, que aquela mulher tinha esperanças. 


Karen Caroline